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A II edição do Seminário Rasuras emerge da necessidade de dar continuidade aos debates fomentados desde 2009, início das atividades do grupo de pesquisas no Instituto de Letras, problematizando questões sobre literatura, linguística e cultura. As atividades do grupo interagem rizomaticamente nas diversas esferas de reflexões acadêmicas que circundam as linhas teóricas do PPGLitCultt (Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura - Instituto de Letras/ UFBA).

 

O grupo tem como pauta, desde sua fundação, discussões sociais, antropológicas e raciais de importância para a formação dx sujeitx intelectual, sobretudo, dxs estudantes negrxs que integram a universidade e/ou aquelxs que estão por iniciar seu percurso acadêmico. No que tange à promoção de atividades junto à sociedade civil estão, por exemplo, eventos, encontros e cursos como o Sarau do Cosme e a Escola das Águas em parceria com o PET/Comunidades Populares. Já na universidade, no que diz respeito à produção acadêmica, o grupo promove sistematicamente atividades que ocorrem anualmente como o I seminário Rasuras, o I Ensaio Aberto, a Primavera Literária e o Diáspora Renaissance – os dois últimos com o apoio do PPGLITCULT e em parceria com a editora e coletivo Ogum's Toques.

 

É nesse sentido que tencionamos construir coletivamente – e subsidiar com nossa organização de corpos-pesquisadorxs e extensivos – novos espaços de produção de saber, operando no que Fanon (2010) nos chamou a atenção, nas sociedades pós-coloniais, como processo de descolonização de pensamento. O processo de opressão que reside na história dos negros resulta na desumanização e subordinação de sujeitos que viveram e ainda vivem em silenciamentos diversos. O teórico, ao problematizar a relação entre o “colonizado e colonizador”, argumenta que descolonizar a mente é tornar-se um “novo sujeito”, e que este ato configura-se em “reivindicação mínima do colonizado”.

 

As reivindicações começam a surgir nos mais variados contextos, onde grupos vão se agenciando em diversas expressões da sociedade. Diante disso, nossa proposta busca acionar modos de ler e pensar a literatura e cultura estabelecendo novos paradigmas. Nossas perspectivas de estudo dialogam com o contemporâneo, seja pelo artístico, pela estética, pela demanda social ou pela necessidade de humanidade pujante que politicamente marcamos, numa ação de vida, em nossos textos, pesquisas e ações dentro da universidade e fora da universidade, fazendo valer o tripé de sustentação: extensão, pesquisa e ensino.

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